Falso magro? Entenda como a bioimpedância pode quantificar sua composição corporal.

O termo falso magro é usado para descrever as pessoas que, apesar de serem magras, possuem alto índice de gordura corporal e baixos níveis de massa muscular, levando ao risco aumentado de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes e problemas no fígado.

Para analisar a composição corporal, ou seja, a quantidade de gordura e massa magra corporal, utilizamos a bioimpedância.

A bioimpedância é um exame feito em uma balança especial, que por uma corrente elétrica muito fraca, consegue avaliar a composição corporal, mostrando o percentual de gordura (também chamado massa gorda), de músculo, de ossos e a quantidade de água do corpo.

É extremamente simples, fácil de usar e indolor, sendo muito utilizado em academias e nas consultas de nutrição e seus resultados auxiliam na elaboração do treino e da dieta mais adequados para cada um.

Para os idosos, a bioimpedância é uma excelente opção, já que com o avançar da idade, há perda considerável de massa muscular e óssea, além nos níveis de hidratação, possibilitando assim identificar precocemente, o estado nutricional do paciente.

Homens e mulheres, em diferentes faixas etárias, possuem uma quantidade de gordura corporal e massa magra que podem ser classificadas como desejável, boa ou elevada e, apesar de ser tachada de vilã, a gordura desempenha diversas funções no nosso corpo, como a proteção de órgãos, isolante térmico, ajudando na manutenção da temperatura corporal, transporta vitaminas e substâncias que auxiliam o sistema imunológico, etc. Assim, níveis extremamente baixos também são prejudiciais, pois acarretam distúrbios hormonais, diminuição da imunidade, cansaço e prejudicam o funcionamento saudável do corpo como um todo.

Antes de realizar a bioimpedância, é importante que alguns pontos sejam observados e, assim, teremos resultados mais confiáveis, como:

1. Evitar comer, beber café ou fazer exercício físico 4-6 horas antes de realizar o exame;

2. Não ingerir bebidas alcoólicas nas últimas 24 horas e manter uma hidratação adequada;

3. Esvaziar a bexiga na hora do exame;

4. Contraindicações: gestantes e portadores de marcapasso, pois pode interferir no funcionamento do exame. No caso de pacientes portadores de pinos, estes podem comprometer o resultado do exame, assim como qualquer metal.

Por fim, sabemos que a bioimpedância pode nos ajudar a encontrar o equilíbrio, a adequação e melhorar a saúde do indivíduo como um todo. Para os “falsos magros”, é importante adotar bons hábitos alimentares aliados a prática de atividade física, diminuindo assim, a quantidade de gordura corporal e aumentando a massa muscular.

Referências:

EICKEMBERG, Michaela et al. Bioimpedância elétrica e sua aplicação em avaliação nutricional. Revista de Nutrição, v. 24, p. 883-893, 2011.

FRANZ, Ligia Beatriz Bento. Bioimpedância elétrica como método de avaliaçäo da composiçäo corporal de indivíduos adultos e idosos. 1998.

GARLINI, Luiza Matos. Bioimpedância elétrica: análise de interferência em dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis. 2017.

KYLE, U.G.; BOSAEUS, I.; LORENZO, A.; et al. Bioelectrical impedance analysis—part II: utilization in clinical practice. Clin Nutr, n. 23, v. 6, p. 1430- 1453, 2004a.

PINTO, Elaine de Oliveira. Classificação automática nutricional de pacientes: um estudo de classificadores em uma base real rotulada por um especialista nutricionista.

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