As doenças articulares acometem pessoas de todas as idades e sexo, dentre as mais comuns, podemos citar a artrite, osteoartrite, também conhecida como artrose, lesões do esforço repetitivo (LER) ou atualmente chamada Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT), entre outras.
As dores articulares costumam envolver a cartilagem, o revestimento articular, o ligamento e os ossos, e estão relacionadas principalmente a inflamação, que podem ocorrer devido a um desgaste, atrito, excesso de peso, traumas na região, que levam a dor, sensação de desconforto, queimação, inchaço e rigidez.
Para minimizar esses danos, algumas orientações e mudanças na alimentação podem melhorar esses casos. Alguns fatores que podem agravar, e muito, as dores articulares são:
1. Excesso de peso:
Promove uma sobrecarga que afeta ossos e articulações, além disso, o excesso de peso é, por si só, um quadro altamente inflamatório, assim, a perda de peso, minimiza a inflamação geral das articulações e diminui a sobrecarga de peso;
2. Alto consumo de alimentos industrializados e altamente calóricos:
Aumentam a inflamação do corpo, gerando mais dor;
3. Falta de Magnésio:
Esse elemento tem efeito analgésico, pois inibe muitos receptores nervosos. Quando deficiente, ele pode levar a aumento da dor e dos níveis de hormônios relacionados ao estresse;
4. Falta de cálcio:
Estudos indicam que, tal como o magnésio, o cálcio pode diminuir a dor, já que efetua uma sinalização neuronal;
5. Baixo consumo de vegetais:
Os vegetais são ricos em vitaminas e outros compostos antioxidantes. Ao prevenir o estresse oxidativo, há uma diminuição da inflamação, redução da destruição da cartilagem e das complicações decorrentes;
6. Baixo consumo de vitamina K:
A vitamina K ajuda na diminuição do risco de desenvolvimento de doenças articulares, já que protege as células da cartilagem, previne o desgaste e diminui o atrito.
Por isso, diminuir a inflamação é necessário para modular as dores articulares e para auxiliar na perda de peso. Alguns alimentos como abacate, soja e as oleaginosas como: como amêndoas, nozes, semente de linhaça e gergelim, colágeno hidrolisado, chás naturais, vegetais de coloração verde-escuros e as frutas, são primordiais para obtermos os nutrientes e compostos antioxidantes que vão ajudar na melhora da dor, da inflamação e ainda vão diminuir o risco do desenvolvimento dessas doenças.
Além disso, recomendamos a prática de atividade física regular, alongamento, descanso em atividades altamente repetitivas e um ambiente ergonômico, ou seja, um ambiente onde as condições de trabalho respeitem o limite do corpo, tragam mais conforto, e saúde ao exercer determinada atividade.
Movimente-se!
Referências:
ABRAHÃO, Júlia et al. Introdução à ergonomia: da prática à teoria. Editora Blucher, 2009.
ANDRETTA, Aline. Relação entre ingestão alimentar de magnésio e cálcio e seus níveis séricos com a composição corporal, parâmetros metabólicos e dor em mulheres com fibromialgia. 2015.
LOPEZ, Hector L. Nutritional interventions to prevent and treat osteoarthritis. Part II: focus on micronutrients and supportive nutraceuticals. PM&R, v. 4, n. 5, p. S155-S168, 2012.
OKA, Hiroyuki et al. Association of low dietary vitamin K intake with radiographic knee osteoarthritis in the Japanese elderly population: dietary survey in a population-based cohort of the ROAD study. Journal of Orthopaedic Science, v. 14, n. 6, p. 687-692, 2009.
PORTAL, V. P. Alimentos anti-inflamatórios & dores articulares.
PORTAL, V. P. Inflamação e o papel da nutrição.